quarta-feira, 22 de junho de 2011

CPFL Energia: sexta rodada tem pequenos avanços

CPFL Energia: sexta rodada tem pequenos avanços

Reajuste nos salários e benefícios de 7% ainda está abaixo do índice reivindicado pelos trabalhadores

A sexta rodada de negociação entre Sinergia CUT, CPFL Energia e outros sindicatos contou com ampla participação dos trabalhadores das EAs, que estiveram mobilizados no portão da empresa durante a entrada dos trabalhadores da sede da CPFL Energia para a jornada desta terça (21).
A negociação começou com o recuo da CPFL em relação ao reajuste parcelado. Porém, a proposta inicial de 6,55% foi considerado ainda muito ruim pelo Sinergia CUT que foi o primeiro sindicato a rebater o baixo reajuste, alertando a empresa sobre a insatisfação dos trabalhadores com a condução do processo de negociação.

Aproximadamente vinte trabalhadores de diversas EAs e outros setores da CPFL Energia acompanharam toda a rodada, comprovando o crescente processo de mobilização e disposição da categoria para fazer com que o ACT 2011 tenha avanços. Quanto mais tarde, mais caro, alertou Gentil Teixeira de Freitas, presidente do STIEEC/Sinergia CUT, sobre a demora em fechar uma proposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores.

Depois de um intervalo de análise, os negociadores apresentaram nova proposta com reajuste integral de 7% sobre salários e benefícios, exceto para Gratificação de Férias, que permaneceria com o reajuste de 6,55%. Mas para o Sindicato, este índice não repõe a inflação do período (7,21% ICV Dieese) e está muito aquém da reivindicação expressa na pauta, que prevê aumento real de 7,5%. Por isso, o Sinergia CUT reiterou que a proposta ainda não chegou ao patamar desejado e que nova rodada seria necessária. A empresa agendou para terça (28) às 10h, em local ainda a ser definido.

Jornada de trabalho

O presidente do Sinergia CUT, Jesus Francisco Garcia, chamou a atenção de todos para a informação que chegou ao Sindicato, de que a CPFL Energia estaria colocado nos novos contratos de trabalho a jornada de 44 horas. Esta atitude vai totalmente contra à orientação do Sindicato cutista para melhorar as condições de trabalho na empresa. Enquanto Artur Henrique, trabalhador da CPFL, presidente da CUT, maior central sindical brasileira, negocia a redução da jornada sem redução de salários, aqui a CPFL Energia faz contratos dessa natureza? Como é que vai ser esse processo? A empresa pretende arrebentar os trabalhadores? Então a gente tem que discutir as concessões, pois a empresa ganha dinheiro público para precarizar as condições de trabalho, destacou Garcia.

Confira a proposta:

Reajuste: 7% em junho

Vale Refeição: R$ 494,12 (7%)

Vale alimentação: R$ 149,81 (7%)

Auxilio Creche: R$ 349,55 (7%)

Gratificação de férias: Para os que entraram ate 31/05, R$ 1759,90 (6,55%). Após isso, conforme a lei (1/3 do salário)

Adicional de turno: mantém a atual política para quem esta na empresa ate 31/05 (7,5%). Para quem entrar a partir dessa data, recebe 5%.

Vigência: 2 anos