segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Acordo abre caminho para superelétrica

Com aval do governo, Camargo Corrêa acertou com a Previ e o Banco do Brasil fusão da Neoenergia com a CPFL.
Para fechar o contrato, ainda é preciso dobrar a resistência da Iberdrola, que reluta em aceitar o comando da Camargo.
A construtora Camargo Corrêa chegou a um acordo com a Previ e o Banco do Brasil para fundir a CPFL com a Neoenergia, o que representa o primeiro passo concreto para a formação da superelétrica nacional na área de distribuição de energia.
Os termos da união entre as duas empresas só não foram concluídos porque a espanhola Iberdrola, acionista e operadora da Neoenergia, não aceitou que a empreiteira consolide sob o seu comando a cadeia de controle da nova companhia. A construtora dirige a CPFL.

Entre o final do ano passado e janeiro deste ano, as quatro partes tiveram três reuniões. Diante do impasse com os espanhóis, ficou acertado um encontro nas próximas semanas para que tanto a Camargo Corrêa quanto a Iberdrola apresentem novas condições para tentar chegar a um acordo.
Juntas, Neoenergia e CPFL atendem a mais de 15 milhões de unidades consumidoras (cerca de um quarto de todo o mercado do país por esse critério), atingindo mais de 1.300 municípios em sete Estados, fora empreendimentos em geração.
Com o aval do Planalto, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e o BB já fecharam apoio à construtora.
O modelo será a troca de ações entre a Neoenergia e a CPFL -sob a qual deverá ser consolidada toda a operação (uma vez contornado o problema com os espanhóis).

Na Neoenergia, a Previ tem 49% de todo o capital, fora 12% do Banco do Brasil de Investimentos. Na CPFL, o fundo de pensão dos funcionários do banco tem 31% do capital votante. Previ e BB aceitaram ser sócios capitalistas da nova empresa.
Conforme a Folha antecipou em janeiro do ano passado, o governo Lula apoiou os planos da Camargo Corrêa de se tornar a maior distribuidora de energia do país. A presidente Dilma Rousseff manteve o projeto.
A união da CPFL com a Neoenergia seria a primeira etapa. Num segundo momento, o BNDES financiaria a nova companhia a comprar outra distribuidora, provavelmente a AES, que opera em SP e no RS.
Até meados do ano passado, a Iberdrola não era um problema para a fusão das empresas.
Com a crise financeira internacional, os espanhóis passaram o ano de 2009 descapitalizados. No final de 2010, aparentemente se recuperaram.
Pelo acordo de acionistas da Neoenergia, a Iberdrola tem a preferência na compra da participação da Previ e do BB. Antes de trocar ações com a CPFL, o fundo de pensão e o banco teriam que oferecer seus papéis aos espanhóis.
Na última reunião entre as partes, realizada no mês passado, os executivos da Iberdrola disseram que, se a Camargo Corrêa insistisse no formato de assumir sozinha o comando da nova companhia, eles exerceriam a cláusula de preferência, inviabilizando a fusão.

Concentração é tendência na distribuição de energia

A temporada de fusões e aquisições entre as companhias elétricas está aberta e deve durar até o segundo trimestre, quando está prevista uma nova revisão tarifária pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
É o que explica a onda de negociações em curso entre as distribuidoras de energia. A Aneel irá obrigá-las a aumentar o repasse de seus ganhos de eficiência às tarifas, reduzindo o preço final.
Resultado: pressão sobre as margens de lucro, que ficarão menores. Segundo as distribuidoras, as margens já vinham sendo reduzidas após revisões tarifárias ocorridas anteriormente.
Diante desse cenário, não resta outra alternativa para as empresas a não ser ficar maiores por meio de fusões ou aquisições. Dessa forma, as elétricas acreditam ser possível cortar custos e obter ganhos de escala.
Ainda que as margens fiquem menores, com maior volume de receita será possível garantir retornos satisfatórios aos acionistas.
No Brasil, esse movimento segue liderado pela CPFL -que tem a construtora Camargo Corrêa como sócia- e pela Cemig, que tem a Andrade Gutierrez como um dos principais acionistas.
Ambas estão envolvidas em negociações que, se concluídas, levarão a uma concentração de 42% do mercado de distribuição no país.
Um acordo entre a CPFL e a Neoenergia já era esperado e se acelerou após a compra da Elektro pelos espanhóis da Iberdrola, em janeiro.
A Elektro também interessava à CPFL por atuar no interior paulista em área contígua, um dos critérios adotados pelas distribuidoras na hora de escolher potenciais alvos. Proximidade geográfica das linhas de transmissão traz sinergias na operação (economias de custo).
A Cemig planeja construir um "cinturão" no Sudeste e distribuir mais energia do que produz Itaipu Binacional, caso consiga comprar a Bandeirantes e a Escelsa, que pertencem aos portugueses da EDP, e a Ampla e a Coelce, controladas pelos espanhóis da Endesa.
Embora neguem que os ativos estejam à venda, EDP e Endesa enfrentam uma situação complicada.
Existe uma pressão dos governos desses países por atrair recursos aos cofres públicos para que possam cumprir as metas da União Europeia. A venda de suas empresas pode ajudar, e isso favoreceria a Cemig a fechar negócio.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

evolução do salário mínimo

Em 70 anos de existência, o poder de compra do salário mínimo caiu consideravelmente, mostram dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nesta quarta (16), o Congresso começa a votar o reajuste do salário para 2011. O governo propôs R$ 545, mas parte da oposição pede R$ 600

Quando foi criado em 1940, durante o governo de Getúlio Vargas, o piso salarial valia R$ 1.202,29 em valores corrigidos pela inflação, conforme estudo do Dieese que leva em conta atualização com base no Índice do Custo de Vida (ICV) para a capital paulista. Em 1959, durante um período de crescimento econômico acelerado no governo de Juscelino Kubitschek, o mínimo chegou a R$ 1.732,28 em valores de 2011.

Entre as décadas de 60 e 80, o salário mínimo se manteve estável, em patamares que variam entre R$ 600 e R$ 700 em valores corrigidos. Nos anos 80 e 90, o piso salarial apresentou uma expressiva desvalorização: em janeiro de 1996, era equivalente a R$ 266,17 em cifras corrigidas. A partir de 2001, o mínimo voltou a se valorizar.

O quadro abaixo feito com dados atualizados pelo Dieese mostra a evolução do salário mínimo desde 1940 considerando os dados corrigidos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, 29% dos trabalhadores ocupados do país ganhavam até um salário mínimo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CPFL Total

Seis meses de CPFL Total

Seis meses após o rompimento do contrato com as lotéricas, em 18 de agosto de 2010, a CPFL Total mostra os resultados e avanços alcançados no período com a estabilidade da rede credenciada e adaptação dos nossos clientes à nova forma de pagamento das contas de energia

Foram realizadas mais de 30 milhões de transações comerciais em 2010, representando 42% do total de contas de luz da companhia.
Como o projeto provocou uma mudança cultural, nos primeiros meses foram encontradas dificuldades de adaptação, já que 3 milhões de consumidores precisaram mudar a forma de pagamento de suas contas e sair da rotina.
E o salários dos atendes de call center continua pifio em comparação com a grandeza desta empresa.

Sinergia CUT debate temas na Aneel

Sinergia CUT tem participado de importantes debates promovidos pela Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica). Um deles ocorreu no dia 26 de janeiro passado, durante audiência pública realizada em Brasília, para tratar da implantação de “Medidores Eletrônicos” (audiência número 043/2010), que passarão a ser implantados em todo o Brasil.
Diante das grandes mudanças que essa medida deve trazer para o setor, os representantes do
Sindicato defenderam a necessidade de a implantação dos medidores contar com um programa de reaproveitamento/realocação dos técnicos (leituristas, eletricistas e outros), pois eles correm risco de perder suas funções em decorrência deste avanço tecnológico.
“De forma alguma os trabalhadores poderão ser prejudicados. Também defendemos que esta
instalação não acarrete qualquer elevação nas tarifas e que ela só seja feita com a concordância do consumidor”, destaca o presidente do Sinergia CUT, Jesus Francisco Garcia.

Outro ponto destacado pelos dirigentes do Sindicato durante a audiência foi Saúde e Segurança,
com a aplicabilidade da norma NR-10 para combater a precarização das condições de trabalho no setor. Além disso, o Sinergia CUT defende que haja uma mudança na estrutura tarifária, para que as tarifas de energia pagas pelos brasileiros deixem de ser uma das mais caras do mundo.

O Sindicato enviou à Aneel um documento com sugestões para aperfeiçoamento da proposta. A
Aneel disponibilizará todas as contribuições em seu site (http://www.aneel.gov.br/).
Visita técnica

No dia anterior à audiência (25 de janeiro), dirigentes do Sinergia CUT reuniram-se com a área
técnica da Aneel com o objetivo de debater outras importantes questões relacionadas ao setor.
Uma das constatações foi que um dos grandes motivos da altíssima tarifa de energia elétrica
brasileira é a Taxa de Risco, que é utilizada no cálculo da tarifa usando um índice ainda do tempo
do Fernando Henrique, muito maior que a atual do ex- presidente Lula.
Conselho de Consumidores

O Sinergia CUT também participou, no último dia 02, de uma audiência pública (nº 119/2010)
sobre a criação organização e funcionamento dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica.
Por lei, todas as concessionárias têm a obrigação instituir esse conselho, formados por
representante dos consumidores Industriais, Comerciais, Rural, Residencial e representante do
poder público, sendo esta comissão totalmente custeada pela empresa.
Uma nova proposta foi apresentada pela Aneel e debatida com a sociedade nessa audiência. Na
avaliação do Sindicato, um dos principais avanços é a autonomia financeira do Conselho, que
permitirá isenção e, consequentemente, maior eficácia na fiscalização das empresas. Por outro
lado, o Sindicato considera que faltou ousadia para que a Aneel avançasse ainda mais no rumo de
democratizar esse importante instrumento de fiscalização das empresas.
“O Conselho tem hoje as portas fechadas para a população, pois a proposta não contempla o uso
de novas tecnologias (internet). O Conselho não publica o seu balanço de atividades , a indicação
dos membros é limitada, entre outros problemas. Por isso apresentamos propostas no sentido
de contribuir com a democratização do Conselho de Consumidores.”, afirma o diretor da área de
Novas Tecnologias do Sinergia CUT, Paulo Robin.
Confira as principais propostas:
• Fortalecimento do controle social contanto com a seguinte representação: 1 trabalhador das
concessionárias, 2 do poder público municipal (Executivo e Legislativo), 2 das organizações não
governamentais (1 da área da Saúde e 1 do meio Ambiente),1 do Dieese e 1 do Procon;
• Também deve existir a possibilidade da livre manifestação popular (Tribuna Livre), onde os
consumidores possam expor suas reivindicações;
• Implantação de site, onde sejam divulgadas informações como a composição do conselho,
despesas, reuniões, atas e, principalmente, relatório de atividades do Conselho e de cada membro.
O Sinergia CUT enviará estas contribuições oficialmente para a Aneel. Aguarde informações.

Deu Na Imprensa

Deu Na Imprensa: Falta de investimentos de transmissora privatizada causou apagão
Um novo apagão deixou as zonas Sul, Centro e Oeste da cidade de São Paulo sem energia elétrica na tarde da última terça-feira, dia 08, afetando mais de 2,5 milhões de pessoas. A pane é fruto
do desmonte do sistema de transmissão e distribuição de energia no estado, realizado a partir da
privatização das empresas CTEEP e Eletropaulo, hoje em mãos de multinacionais.

A queda de energia deixou ainda 3 milhões de pessoas sem água em pelo menos 10 bairros
da Grande São Paulo. Segundo a Sabesp, 46 bombas foram afetadas em sete reservatórios. O
abastecimento não havia sido restabelecido até a quarta-feira.

A interrupção foi causada por uma sobrecarga em um dos transformadores da Subestação
Bandeirantes da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), privatizada em 2006, que após sobrecarga, desligou todo o sistema.

Este não foi o primeiro apagão ocasionado por problema na Subestação Bandeirantes da CTEEP,
empresa responsável pela distribuição de energia que é administrada pela multinacional de origem
colombiana ISA. Em 2008, a explosão de um transformador da companhia na mesma subestação
deixou sem energia 3 milhões de pessoas em 21 bairros na capital e parte dos municípios de
Taboão da Serra e Embu. Na ocasião, a Linha Azul do Metrô paulista, e o aeroporto de Congonhas,
ficaram paralisados.

A CTEEP deveria ter concluído a construção de uma outra subestação, a Piratininga II, em abril de 2010 para desafogar a Bandeirantes, o que poderia ter evitado o apagão. Entretanto, a obras só tiveram início no mês passado, e a nova subestação deve entrar em operação apenas em 2012.
“Ou o transformador estava sobrecarregado, ou atingiu o limite de vida útil ou teve problema de
manutenção. Falta investimento”, considerou Paulo Robini, diretor do Sindicato dos Trabalhadores
Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia-CUT) e da diretoria de energéticos do DIEESE, em entrevista ao HP.

Segundo Paulo é difícil saber exatamente o que aconteceu porque o governo não tem mais muito
controle sobre o sistema, diferente de quando as empresas de energia (geradoras, transmissoras e distribuidoras) eram estatais: “Naquele tempo não tinha essas coisas porque tinha investimento”,
afirmou. Investimento esse em ampliação da capacidade de transmissão da energia e em
manutenção dos equipamentos, que tem que ser feito pelas privatizadas. “A partir do momento
que você faz um planejamento da carga ou a manutenção preventiva não tem como ter problema”, garantiu Paulo Robini.

De acordo com o diretor do Sindicato, o planejamento da carga é feito pelo Operador Nacional do
Sistema (ONS), pessoa jurídica de direito privado que controla o Sistema Interligado Nacional.
Criado em 1998 durante as criminosas privatizações do setor elétrico, o Operador é uma
associação civil composta por membros indicados pelas empresas e divididos por categorias: de
produção, de transporte e de consumo. Do total de quinze membros do conselho de administração, apenas um representa o Ministério das Minas e Energia.

Sobre o papel do ONS no blecaute, Paulo Robini explicou que o operador é responsável pelo
planejamento e, por isso, deveria saber quanta energia o transformador sustenta. “Eles devem ter esses dados”, disse.

Com as panes – a primeira aconteceu às 15h11 e a segunda às 16h40 – as áreas atingidas passaram por momentos de caos. As regiões da Av. Paulista, Brigadeiro, rua 13 de Maio e imediações, parte da zona sul – como Vila Olímpia, Itaim Bibi -, e parte da zona oeste – como Vila Leopoldina, Perdizes, Pinheiros foram as mais afetadas pelo apagão. Alguns comércios tiveram que funcionar à luz de velas. Nos prédios comerciais e residenciais, os elevadores ficaram sem funcionar causando tumulto em alguns lugares. Apenas os prédios com geradores próprios tinham luz. A falta de energia atingiu ainda o Aeroporto de Congonhas, que foi obrigado a operar com auxílio de geradores.

Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), semáforos das regiões dos Jardins, Jabaquara, Ibirapuera, Brooklin, Itaim Bibi e Moema foram afetados. O trânsito na região ficou muito complicado devido à pane.

O governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), disse considerar a possibilidade de aplicar sanções às empresas. Segundo ele, os apagões “tem sido numa proporção muito maior do que nos últimos anos”.

AES

Para o Procon, a CTEEP não é a única que deve responder pelo incidente. A multinacional norte-americana AES Eletropaulo, concessionária responsável pela distribuição de energia do município, “é a principal responsável perante os consumidores por quaisquer danos que eles (os consumidores) tenham sofrido”.

“Em 2010, foram mais de 600 (casos pontuais de falta de luz). De novembro para cá, foram outros 15. A empresa saiu daqui com uma notificação para prestar esclarecimentos sobre essas ocorrências, desde novembro do ano passado até a ocorrência de ontem. Uma por uma”, afirmou
Renan Ferraciolli, diretor de fiscalização do órgão.

O Procon também informou que, entre 2008 e 2010, a Eletropaulo já foi multada em cerca de R$ 5,5 milhões por interrupções indevidas no fornecimento de energia em São Paulo.

Após a entrega das explicações no próximo dia 24, o Procon irá analisar as considerações da Eletropaulo. “Se, por acaso, acharmos que as medidas anunciadas não estão a contento –ou seja, que a empresa não consegue garantir um abastecimento sem cortes–, poderemos abrir um processo administrativo e punir a concessionária com multa”, afirmou Ferraciolli.

A concessionária também terá que dar explicações sobre a demora no restabelecimento de energia, que ocorreu há uma semana, no bairro Jardim Santa Cristina, em Santo André, Grande São Paulo.

A região ficou sem energia elétrica por três dias. “A Eletropaulo precisa colocar todo seu aparato de atendimento para resolver os problemas dos consumidores”, afirmou Paulo Arthur Góes, diretor-executivo do Procon-SP.

A entidade afirma ainda que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também deve ser cobrada a respeito desses apagões, já que cabe a ela a fiscalização dos serviços. “A Aneel deve intervir nessa questão e fiscalizar, o que é o papel dela”, destacou Ferraciolli.

denuncia na GRT

Macro Ribeirão denuncia Project na GRT

Na impossibilidade de uma negociação com a empresa, a macro de Ribeirão Preto denunciou, no último dia 09 de fevereiro a empresa Project na Gerência Regional do Trabalho (GRT).
A acusação é que a empresa submete os trabalhadores a cargas horárias excessivas, horas extras não pagas corretamente, não está havendo intervalo mínimo de 11 horas de decanso entre as jornadas, falta de recolhimento do FGTS, falta de pagamento do adicional de periculosidade e cestas básicas entregues fora do prazo estipulado.
A macro Ribeirão Preto ainda fará denúncia na GRT da Project de Franca e da Montanari em São Joaquim da Barra.

CTEEP X PERI

Não fique de fora!
Após idas e vindas no processo da Periculosidade dos eletricitários da CTEEP, Sindicato e empresa fecharam acordo para garantir que todos os trabalhadores que tem direito à Peri sejam incluídos no processo, compondo uma listagem final.

Por este motivo, o Sinergia CUT convoca todos os eletricitários que receberam ou recebem periculosidade referente ao período de 02/12/1989 até junho de 2002 a efetuar cadastro no Portal do Sinergia CUT (www.sinergiaspcut.org.br), através do banner disponibilizado na página principal do Portal e conferir se seu nome está ou não nas listagens preliminares divulgadas pela empresa. Outra possibilidade para aqueles que não tê acesso à internet é fazer o cadastro em sua macrorregião.

É importante destacar que mesmo que o trabalhador já tenha cadastrado-se anteriormente, o procedimento agora é recadastrar-se no período de 09 de fevereiro a 1o de março de 2011. Para garantir que todos tomem conhecimento do processo, o Sindicato também publica nesta quarta (09) a convocação do recadastramento no jornal Diário de São Paulo, de grande circulação. Por isso, recadastre-se e verifique os nomes que já estão na lista encaminhada pela CTEEP ao Sindicato.

Para efetuar o recadastramento você deverá informar se é trabalhador da ativa, aposentado ou pensionista, ter em mãos dados bancários, documentos de identificação pessoal (RG e CPF), endereço, telefone e endereço eletrônico atualizados.

Apesar de divulgar a lista dos beneficiados pela ação da Peri, a empresa não apresentou ainda proposta final referente a valores. Assim que o Sindicato tiver a proposta em mãos, realizará assembleias com os trabalhadores ativos e aposentados.

Histórico
A ação da Peri é de dezembro de 1994 quando, na defesa dos direitos dos trabalhadores da CESP, o Sindicato entrou na Justiça pleiteando a condenação da empresa no pagamento das diferenças do adicional da periculosidade. Isso porque, naquela ocasião, a CESP pagava o referido adicional incidente apenas sobre o salário base.

Para o Sinergia CUT, a peri dos eletricitários deve ser calculada sobre todas as verbas de natureza salarial, incluindo ATS, horas extras, pagamento suplementar, adicional de turno, adicional noturno, entre outras.